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Desvio dos teus ombros o lençol,
que é feito de ternura amarrotada,
de frescura que vem depois do Sol,
quando depois do Sol não vem mais nada...
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Olho a roupa no chão: que tempestade!
Há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
em que uma tempestade sobreveio...
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Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...
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Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!
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David Mourão-Ferreira, Infinito Pessoal ou a Arte de Amar
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6 comments:
A pressa.
A porta.
Vendaval.
Turbilhão.
Enredo.
Acto.
Entrega.
Despojo.
A porta.
Sempre ela.
Início e fim.
Início.
Grande DMF!
ATÉ NO DESPIR DEVEMOS SER LENTOS
SE NÃO ESTAMOS SÓS
olá teresamaemar!
um lindo poema do David Mourão Ferreira.
Ao lermos o poema tivemos saudades dos programas do poeta na televisão, falando dessa arte poética que tanta amamos.
beijinhos
paula e rui lima
Recebi do Som & Tom o "carinho" Blog Cinco Estrelas que agradeço , sem geito. Reenvio para :
Sono ,
By the Way ,
Artes Duas ,
Merdinhas ,
Bandida .
Olá!!
Estou passando por aqui para dar meus parabéns
pela sua indicação, ao prêmio blog 5 estrelas!
Seu blog é muito original, parabéns 2x!
rsrs...
Boa semana
Lembrando que o último dia para me enviar
seus votos é amanhã dia 27/08 e no próx dia 31/08
conheceremos o blog 5 estrelas escolhido pela maioria!
=]
Muito obrigada pelo comentário que deixou no meu blog.
Tive logo a curiosidade de vir ver os seus e estou impressionada com a qualidade dos textos e das imagens. Deixo os links no meu blog (linhas de conversa, de uma coisa a outra, faz-me lembrar uma central telefónica, apelos, chamadas, respostas e incitações).
Já agora, as canetas de tinta permanente são uma das grandes paixões da minha vida e possuo algumas. Tout se rejoint...
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