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Uma pausa, para contar da exposição Surrealista, a acontecer em Londres
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SurReaL ThiNgS
SurReaL ThiNgS
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Nascido da ideologia política de Karl Marx e da psicanálise de Freud, o Surrealismo, um dos mais marcantes movimentos de arte do séc. XX, em fantástica mostra. O vocábulo relaciona-se a Apollinaire e a André Breton que, em 1924, o descreve como o movimento que procura mudar as percepções do mundo.
Nascido da ideologia política de Karl Marx e da psicanálise de Freud, o Surrealismo, um dos mais marcantes movimentos de arte do séc. XX, em fantástica mostra. O vocábulo relaciona-se a Apollinaire e a André Breton que, em 1924, o descreve como o movimento que procura mudar as percepções do mundo.
O interior ilusório que, segundo Freud, já não representa espaço de segurança, em exploração dos sonhos e do irracional.
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Serge Diaghilev, 1926, director artístico dos Ballets Russes contrata Ernest e Miró para desenharem o guarda-roupa de Romeu e Julieta.
Porque o ballet foi uma das primeiras esferas a revelar a influência do Surrealismo, a receber, de Chirico.
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Quais figuras de convite, abre a exposição em guarda-roupa, de Le Bal, 1929, Giorgio de Chirico
De Chirico transformando os dançarinos em elementos animados. Paredes, colunas, estátuas, esculturas tornadas vivas por uma noite. Ao centro, uma Sylph, personagem do ballet francês durante o séc. XIX.
. Pintura, joalharia, vestuário e peças outras desfilam nas diferentes salas. Em magia.
O Teatro, o Design, a Moda.
Na pintura, representados Max Ernest, Miró e André Masson, os artistas dos primeiros anos.
Na pintura, representados Max Ernest, Miró e André Masson, os artistas dos primeiros anos.
De Miró, práticas automáticas que revelam o inconsciente, disse André Berton
“É o mais surrealista de todos nós”
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Em exposição, People with Stars, 1933
Na sala seguinte, Marcel Jean. Panels for a Wardrobe, 1941
Estas portas, painéis do roupeiro, em trompe l'oeil, que fez para o seu apartamento em Budapeste, quando aí trabalhava como desenhador para uma empresa têxtil, foram capa do seu livro “The History of Surrealist Painting”, 1959.
A exposição diz de um trabalho de curadoria incrível. Frente às portas, um banco onde demorarmos, e as nuvens surrealistas em passagem, pela obra e pelo tecto, levadas pelo vento, em suave movimento. De ficar e ficar, em deleite.
No canto esquerdo da mesma sala, o biombo que serviu de livro de visitantes na Galeria Ratton, Paris. Assinado por pintores e escritores, exibe a maior parte das assinaturas dos surrealiastas que aí expuseram e de que, lamentavelmente, não possuo imagem para reproduzir.
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De Magritte, a surpresa de haver encontrado a pintura do post que abriu este blog, La Reproduction Interdite, 1937, homenagem a Edward James. Foi este, o principal mecenas dos surrealistas, em particular de Magritte e Dali, financiador, ainda, da revista Minotaure.
O quadro representa o seu protector, Edward James projectando no espelho o seu inverso. Sobre a lareira, o livro Adventures d’Arthur Gordon Pym de Edgar Allan Poe, séc. XIX, escritor do macabro, um dos preferidos deste grupo. O livro é a única figuração no quadro, cujo reflexo no espelho é correcto, algo que se torna quase impossível de notar quando apenas olhamos uma pequena reprodução.
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Óbvio que esta escolha é subjectiva, são os meus eleitos, e, para que no espaço não me alongue, ainda assim, muitos ficam de fora.
Magritte continua em La Jeunesse Illustrée, 1937, parada de objectos familiares ao pintor, em sequência poética, como se estes fossem palavras numa frase. A primeira versão desta pintura foi feita para a casa de Londres de Edward James (35, Wimpole st), que se divia entre esta cidade e Sussex, sua terra natal.
e, entre outros mais, escolhi La Voix du Sang, 1947, que virei a aproveitar para um post posterior
. Outro trabalho lindissimo, de Dorothea Tanning
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Eine Kleine Nachtmusik, 1943, cujas cores se tornam impossíveis de reproduzir tais quais
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e A Couple With Their Heads Full of Clouds, 1936, baseado nas silhuetas do casal a rezar de Jean-François Millet’s, Angelus, 1857-9
Outros nomes...
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do surrealismo inglês, Leonora Carrington. Penélope, 1960
.o austríaco Hernert Bayer. The Lonely Metropolitan, 1932
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e, porque as primeiras religiões e a mitologia clássica foram, frequentemente, exploradas pelos surrealistas, o quadro abaixo,
e, porque as primeiras religiões e a mitologia clássica foram, frequentemente, exploradas pelos surrealistas, o quadro abaixo,
Paul Delvaux. La Vénus Endormie, 1944.
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Influenciados pelas interpretações de Freud das antigas lendas, e a exploração de Nietsche do orgiástico culto de Dionisius, muitos destes artistas viravam-se para temas míticos de modo a criarem cenários psíquicos.
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.A exposição apresenta, ainda, peças de vestuário, capas de catálogos Vogue, amostras de tecidos estampados, objectos de uso comum e peças de ourivesaria, como esta abaixo, absolutamente fantástica
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Dali. Ruby Lips Brooch (ouro, rubis e pérolas), 1949
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Óbvio que esta escolha é subjectiva, são os meus eleitos, e, para que no espaço não me alongue, ainda assim, muitos ficam de fora.
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Um mundo de sonho aberto ao sonho, Surreal Things, Victoria and Albert, Londres. Até 22 de Julho.
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De coisas surreais,
porque a fantasia faz falta
porque faz falta sonhar
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5 comments:
magnífico post este! não imaginas o que gosto dos surrealistas!!!!!!!!
obrigada, teresamar. beijos.
B.
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só posso dizer obrigado.
ps-quem me dera poder ir ver.
eu adoro todos os teus blogs.
mesmo.
mesmo.
mesmo.
O surrealismo a mim já me trouxe grande sofrimento e nunca ninguém o percebeu!
porque se o tivessem percebido nunca me tinham falado em vinganças!
ainda hoje peno por isso.
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